Um pensador político disse certa feita que não adiantava tentar falar claro para quem não estava interessado em ficar alerta. O governo tucano está distante dos problemas do Estado, principalmente dos que afetam os servidores públicos e a população mais pobre. Mas, mesmo assim, vamos continuar insistindo em falar de maneira objetiva da crise que atravessamos, com a certeza que iremos superá-la, pois nossa terra é a terra da superação.
Em 1999, Alagoas enfrentava uma profunda crise financeira e social. O funcionalismo público vivia em penúria, com salários atrasados, sem motivação nem qualificação para trabalhar. Ao assumirmos o governo definimos um calendário de pagamento cujo critério era quem ganhasse menos receberia primeiro. O pagamento em dia do funcionalismo fez com que o servidor voltasse a ter crédito na praça, pois, com o atraso de oito meses nos salários muitos foram parar na lista de inadimplentes e o próprio comércio foi atingido por isso.
Mudamos o sistema remuneratório com a implantação da política de subsídios. Até então, os servidores tinham um salário-base inferior ao mínimo que independia da categoria. A esses salários eram acrescidas gratificações. Era algo que não se sustentava.
Fizemos uma nova política de remuneração de pessoal com carreiras estruturadas e criando os subsídios. Foram estabelecidas parcelas únicas de salários, que variavam de acordo com a carreira do servidor. Com os subsídios os funcionários inativos passaram a receber o mesmo que era pago aos que estavam em atividade. Corrigimos, assim, uma cruel distorção. A remuneração passou a ser garantida por lei.
Não esquecemos também dos reajustes. Ao final do primeiro governo, os reajustes concedidos somaram 46,38% para o magistério, 33,76% para a Polícia Militar e ganho real de 52,38% para a Polícia Civil.
Contudo, primordial foi o investimento em qualificação. Em 2000, implantamos o Programa Especial de Valorização do Servidor. Além da realização de concursos públicos, o programa cuidou da qualificação e capacitação dos servidores. Criamos a Escola de Governo Germano Santos, onde capacitamos e qualificamos mais de 30 mil servidores.
Ao deixarmos o governo, em 2006, tínhamos a certeza de que esse processo de valorização seria mantido, afinal, ninguém, em sã consciência iria caminhar para trás num assunto tão delicado. Todavia, parece faltar sanidade ao atual governo. No primeiro ano suspendeu reajustes, cortou os programas de qualificação e não ofereceu condições dignas de trabalho ao servidor. Há uma profunda insatisfação no funcionalismo.
Na semana passada comemorou-se o Dia do Trabalho, com homenagens em todo o mundo. Em Alagoas houve a mobilização do movimento sindical para lembrar a data. O governo tucano assistiu a tudo indiferente. Os trabalhadores não merecem sua atenção.
sábado, 9 de maio de 2009
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